Um problema de saúde pública expõe diariamente a contaminação os alunos da EMEF Adelmo Simas Genro, no Bairro Nova Santa Marta. Um foco de descarte de lixo irregular é mantido na esquina da escola, por conta da falta de coleta de lixo nas residências da região do Monte Betel, popularmente conhecida como invasão da Caixa D’água.
Segundo os moradores, o lixo é trazido do Monte Betel e descartado nas calçadas todos os dias, o que além de causar transtornos aos estudantes, chama a atenção de animais, como cachorros e cavalos, que rasgam as sacolas e espalham os resíduos pela via. Ficam soltos lixos de banheiro, alimentos, roupas e até seringas. Em dias de chuva, o lixo entope os bueiros e enche a rua de água, que dificulta o acesso à escola.
– Nos dias de chuva, como esse lixo é depositado aqui sem critério, ele entope o bueiro. As crianças têm que vir por dentro da água, sem contar o risco de contaminação com doenças, pois já foi encontrado animais mortos, cobras e também tem proliferação de mosquitos – denuncia a diretora da escola, Edna Borgias.
População pede socorro
Um projeto de educação ambiental é desenvolvido na escola para tratar do acúmulo de lixo no entorno e educar as famílias a fazer a separação, mas que não é suficiente. No último dia 10, uma reunião foi realizada junto às comissões permanentes de Educação e de Políticas Públicas da Câmara de Vereadores da cidade, e visitas já foram realizadas no local.
Na limpeza, funcionários da escola e os moradores que são contemplados pela coleta tentam conter a quantidade, realizando queimas e condicionando os materiais para que o caminhão da coleta convencional faça o recolhimento. Inconformada com a situação, a moradora Andriele Fontoura Coelho, 27, afirma já ter realizado denúncias para a prefeitura, e, periodicamente, tenta facilitar o recolhimento:
– Os sacos vem rasgando e ficam na rua e na calçada comida, roupas, calçados e coisas que ninguém merece colocar a mão. Eu não tenho luva, mas eu junto tudo umas horas antes do caminhão passar, para eles me ajudarem a tirar depois com a pá.
O que diz a prefeitura
Por meio de assessoria de comunicação, a prefeitura afirma que grande parte do resíduo depositado é das residências da região do Monte Betel. Os moradores estão passando pelo processo de regularização, e os serviços públicos estão sendo iniciados no local.
Ainda, garantiu que a coleta de lixo deve iniciar no local assim que as ruas estiverem aptas para receber os caminhões, que, no momento, não acessam o local por conta da altura da instalação da rede elétrica e de falta de “preparação das vias”.
À direção da escola, foi informado que, neste período, seriam instalados dois pontos para descarte dos resíduos temporários, que deverão ser recolhidos pela empresa Sustentare. Não há prazo para execução de nenhuma das alternativas.